quinta-feira, 21 de março de 2013


Primeira flor de Diadema
Jonas Caeiro





Primeira flor de Diadema, incrível e bela,
É, o sonho generoso, grandeza e inspirado;
Outro universo da vida da literatura em palco
A atrevida essência entre o céu e as folhas...

Falo-te assim, conhecida e admirada,
Trazendo o escritor pra vida, linguagem caçada,
Que possa revelar na composição literária
E o criador intelectual no sentimental!

O sutil escritor, cuja nas belas letras duráveis
De sonoras chuvas e de imensos mares inquietos!
Escrevo-te, ó rubi e ansiosa mel flor,
Fazendo minha criação ser radiante em tal olha,           

Em queda de orvalhos ouve: “Mel Flor!”
E em que atravesse a rua e me leia,
A esperta flor de uma bondade atirada,
Pela dedicada perfeição deste crime de sonhar!

terça-feira, 19 de março de 2013


Olha a mel flor de Taboão
Jonas Caeiro





Não te deixo triste flor de Taboão, buquê de flores
Ou um coração de saudade que o fogo chama:
Te vejo em teu caminhar de emoções.
Atravesso carregando-te em meu sonho.

Te levo como pensamento na lua que vivo
Dentro do tímido, nevoa a esperança em trovões,
E agradeço a toda fala em voz macia,
Este aperto em bálsamo que cresce na pele.

Te sonho sem saber, nem quero, nem espero:
Te compro no jardim da arte a única rosa prometida,
Na chance te contemplo toda linda vivida em linha,
De um oceano coberto de beleza na lembrança.

Olha a mel flor de Taboão como é
Tão perto dando as mãos pra mim
Tão perto que refresca um calor do corpo,
Fervendo a queda das pétalas de primavera.

sábado, 16 de março de 2013


Se faltasse a gota da indignação
Jonas Caeiro





Se te acusar, não é primoroso,
Porque a impiedosa pintura morre;
Da arte fresca em modéstia grosseira,
Perdida no ódio que mais pede.

Enquanto gotas forem atiradas, a rebeldia
Que tens feri, que o perdão te alimenta,
Já que o desencontro no espinho juro,
É em ti violência a mais pura cegueira.

Da vaidade o lindo esconde soubeste,
Pisando o dia em dó da alma;
Mas não sonhes acreditando na neblina
Sina, que a memória produz, é insano.

Se faltasse a gota da indignação;
É o poema inteiramente moral,
Neste mesma estátua em revelo,
No perdoar amoroso da fantasia.

sexta-feira, 15 de março de 2013


Brilhante raio de luz
Jonas Caeiro





De martírio sincero e espontâneo em dores
Nada há que peça: a voz não toca a malicia
Quando estão cadeados se deformando,
Ou se rompe ao interior das páginas.

A leitura simples, cúmplices esquecida,
Que encara todo bizarro lírico profundo;
E a figura chocante em desespero real,
Cuja harmonia se envolve, ali na personalidade.

Talvez houvesse uma filosofia viva
Seu motivo traduzido em encantos;
Pensar em escrever em silêncio,
Mais de querer outra coisa, que é admirado.

O amor não conheceu no milagre,
Além de conhecer primeiro límpido de raio de luz.
Se for verdadeiro, e que abraçar o natural,
Eu serei o seu poeta, e você minha musa.

quinta-feira, 14 de março de 2013


O cântico da flor
Jonas Caeiro





Não choras mais a falha sem gosto;
Na maravilha exagerada, há tempo; a flor em espinhos;
O cântico da flor é sol invisível;
Na flor ainda o mistério faz teu segredo;

Era a busca pela arte, eu mesmo falhei tanto,
Que te sonhei em razões adormecidos
Com asas quebradas pelo o vento furioso
Não terás tu apenas a beleza visível;

As verdes estrofes em segundos e sentidos
De lados iguais e mais agradáveis de defender,
E encontrar em mim sem medo, e me ofereço,
Pra você amar a arte vivida em cada letra;

No duelo do belo holocausto artístico:
Vitima e sensual criminoso,
Dou-te esse cantar em primavera da dama,
A inspiração deste sonho que desaba em exaltação.

quarta-feira, 13 de março de 2013



A flor dança na maré da incerteza
Jonas Caeiro






Não me chame de raios incertos
Nem de cego da cegueira improvisada que sinto,
Pois todo o meu lembrar a uma só flor,
E de uma visão eu prometo criar.

É hoje é pra sempre o meu sensível febril,
Inigualável, em grande riqueza da paixão;
Por isso, minha linha é tão bela
O algum desamparado de tal diferença.

“Bondade, veracidade”, eis o ensino no apelo;
“Encanto, real”, tudo que conheço;
E em tal lembrança está um e explosivo,
Em duas horas nascida em dores.

“bela flor, em bela pisada”, sós, antigamente;
Num ainda ser vivente no coração aleijado,
Em uma dança na maré da incerteza,
Encarando toda tempestade com a bravura.


sexta-feira, 8 de março de 2013


A flor cortou o rio
Jonas Caeiro





Quando me despreza, me quebra,
Sentindo o temporal em grito contigo,
Abraçando com toda força, falando com você,
E, uma linda mentira provoca a sombria.

Sabendo o melhor deste erro do obscuro,
Até desmoronando tudo que conheço em nós
De obscura pensar, onde sobrevivo no inferno;
Então, a te achar, eu me perco, tendo espinhos.

Todavia outro dia acho nesse tiro enganado:
Ferindo toda magia dentro aqui,
Explorando a emoção que te trago,
Uma vez que você ganha em nosso perdido.

Assim a flor cortou o rio:
Por você a culpa nasce veloz,
Fazendo o bom costume se perder,
Nesta façanha de um louco extasiado.

terça-feira, 5 de março de 2013


O CORPO DA FLOR
Jonas Caeiro





O corpo que neste rio bate no dia
Seguindo, para a nova rua a espera,
Oito horas nascido. E não bem querido! 
Quem maltrata foi apenas desafrontas.

Em companhia do desprezo pincelado,
Arrancada pela sede do único deserto!
Só olhando a leitura do escuro confortará,
Ela a singular flor em tua defesa em calma.

O corpo da flor em pranto! Desprende, por fim!
Agora que a fina fala canta em nós,
Saindo do coração contente na maré,
Do desencontro trincado desta jura,

E lembra o profundo oceano faminto
Dizendo: O fim, sozinho! Após de vê-la comigo
Errando na caminhada do novo lugar achado,
Lamentando uma confusão em nossa estrela!

segunda-feira, 4 de março de 2013

QUAL O ALIMENTO DA FLOR?
Jonas Caeiro






Flores em versos mágicos, e tão formosas
Que vive em silêncio da lua,
Além passava a ocasião, em praia em verbos
Caçando a beleza neste mar amargo.

A falsa semana, longe e perto,
Cativa, que jorra e chora nas frases escuras!         
Um travador que sou e embriagado com vinho
De insaciável alegria do desejo sorridente.

O mistério da lua um teu cego,
Ela explica, ela fala de ternura no olhar,
Avançando todo amistoso de licor sem cor,
Aparecendo indescritível perfeição na pele,

Tão insano, que falta apenas a lealdade.
Como esclarecer os sonhos encantados,
E qual o alimento da flor? E eu o tempo
Atormentado pela arte desta bela mulher!

domingo, 3 de março de 2013



A FLOR É TÃO CEGA
Jonas Caeiro






A falência do teu sorriso emprestado
Sofrendo com o meu coração? Não é belo isso
Um dia de aventura, elemento desatento
Só com desprezo, breve e decidido

Não me fale: - “Se você foge tanto de mim,
Em nuvens de beleza na face do céu.”
Isso, ou não, dando meu nome: “Jonas,
Olha, aqui dentro da tristeza fresca.”

A flor é tão cega e bela demais
Não precisa chorar... Eu, porém,
Por mais que desenhe este poeta,
Que merece apenas o dom de tua voz.

Vestirá, que alienado eu quero pensar? Pudesse tanto!
Que sabe um dia possa contemplar as flores
E os pisares das ruas em cinzas,
Que me impedi te levar pra minha solidão.



quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013



LIBÉLULA E A FLOR
Jonas Caeiro





Á flor, lamúrias do tempo perdido
Voa sempre do coração quebrado e maltratado
De asas de espinhos e ouro, á flor presente,
Que, quanto, sobrevivo, queima e marca;

Unicamente a libélula... Que vive reluzente,
Ao ritmo teimoso lhe brilha no céu,
Fina atira, ou chama? Para implorar,
Foge dolorido, toda vez me ama

Á flor... Que nega minha frase levada até ela
Fugiu: agitas e branca névoa
Da cor desigual de já conheci um dia,
Refletindo na rua do desespero em mim.

Como percebe, á flor e a libélula voam ali
Que profundo sentimento encontrado, com a beleza,
É atacada pelo o sensível escrito com brilho,
Na linha do meu sentimento que me alimenta.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


 A FLOR DO POETA

Jonas Caeiro






Ganhe deste poeta, minha pobreza
Que, padeceu intimamente, é persistente
Das pétalas fantasiadas que sonho contigo,
Ardendo na falha dos lábios, sabidamente...

Mais desço a irá, esperando a ilha,
Aquela surpresa que, então, alegre
Todo espinho, quando solta na febre,
Na abrasadora flor no amor, um beijo de sabor...

Mas, a espera paixão, não deixa nascer,
Nem bater a saudade ou pesar em ambição;
Queira flor, os apelos, os atropelos,
Que vão além do teu distraído...

E acolha igualmente, sem desculpas, deste amor
Que somente jura, intensamente que escreve,
Enquanto voa, a flor do poeta,
Caindo no colo a toda verdade abonada.





Carta Amarela
Jonas Caeiro




Uma carta para você escreve,
Neste tempo pouco em choros,
Desabando a minha tristeza,
Na queda do temporal afora.

Acordei nessa madrugada a lembrar,
Desta carta amarela,
Que a vida me fez ler,
Na pior hora esmagada.

Fui embora hoje sem avisar,
Pra você não se magoar,
Nem mesmo pensar em nós,
Na chama em despedida.

Olho pela janela aberta da vida,
O que amor que se perdeu na fera,
Quebrando a minha esperança,
No tapa do ódio forte,
Na face de minha vida.

Fui até o meu destino,
Buscar no baú da ferida.
Esta carta manchada,
Pela distância bela.

Eu li sem medo de chorar,
A linha quase sumida,
De um amor jogado,
Na margem do rio.

Fui até a sua alma pobre,
Lendo o rabisco nunca lido,
Da saudade borrada,
Neste papel em risco.

Você me dizia sem pensar,
Do amor que navegou,
No temporal cruel,
Que levou a nossa paixão.

O doce sabor do amor,
Que ataca às vezes,
O coração deste poeta,
Que aprendeu as dores,
Atirando todo o espinho.

Quando Observar a abelha,
Na dança rica dela,
Ouvindo o som de sua voz,
Vai lembrar-se de nós.

 Li e reli outra vez,
Esta carta em mãos rasgada,
Fazendo meu coração sangrar
E perder toda noção do tempo.

Aprenda também a dor,
Deste horror momento,
Em cada página da era,
Que era a nossa fera.

Seu nome ninguém saberá,
Nem querer aprender agora,
Na aventura de rios revoltos,
Carregando esta carta chorada.

Entregue a minha alegria,
Esta carta pra amada,
Que sempre lembrará,
Do amor perdido em dor.

SOU CEGO
Jonas Caeiro  




Você usa espelho de pedras,
Invés de sair do preconceito,
Ofende meu cego, honesto,
O mundo que tenho,
De restos.

Você nega cantar o dia, à tarde, a minha amiga.
Você veste calças usadas, achando tudo novo.
Tudo isso é uma besteira!
Porque minha façanha te invade,
Assinando meu nome,
Certo.

Você vende teus pertences,
Neste pobre salário;
Assim, se ilude, nesse seu mundo que te corta.
Você passa pelas linhas do tempo.
E não quer cavar teu lar novo!

Porque toda inveja cresce, pois tudo existe,
Pra se vender.
Agora sei que é engraçada, nesse carente.
Porque teus pensamentos, de semana passada,
Dançam em um bar, num bar,
De amigos.

Eu posso jogar tua vergonha, no ralo da saudade,
Deixando tudo fora do tempo,
Sem lugar, sem falar na bagunça.
Eu tenho que me achar,
Nesse mundo da morte.

Pois todos querem me matar,
Matando meus conhecimentos.
Eu tenho que sair de casa,
Dançando em ruas, nuas.
Porque alcancei,
Meus limites.

Bato bem forte, na cara da verdade.
Então provo café ansiando por de chá.
Porque o doce da vida,
Desfila no copo estragado.

Porque encerro, nesse meu, surdo problema,
Toda mão dada, pra solidão de cara.
Porque mudaram,
Todos os valores,
De gigantes.


Rasgo a cortina dos meus olhos
Jonas Caeiro




Rasgo a cortina dos meus olhos
E desvendo o grande mistério,
O amor que me levanta da cama fria,
Que me faz lutar pra encontrar a rosa.

Os meus olhos estavam pregados pelas mãos do ódio
Porque estava em fúria comigo nessa minha prisão,
Embora tenha dívidas pra pagar na mão da solidão,
Eu não quero comer o pão da miséria.

Ouça minha tristeza, eu quero viver sem prisão,
Porque conheci uma casa velha da destruição
E quero sobreviver junto com a união,
Que fez o meu coração pular de alegria.

Inquieto eu estou hoje meu amor,
Porque sofri numa tarde de fogão em brasa
E agora sofro neste dia frio sem amor,
Apelando um pouco de migalhas,
As migalhas dos teus lábios rosados.

Eu queimo em sua porta os meus poemas
Improvisando minha própria rebeldia ardida,
Porque invadir muitos anos numa fornalha,
Pagando pela teimosia da vergonha.

Por favor, conte, não erre...
Porque eu fiquei tempo demais sozinho,
E quero ser feliz com você, meu amor,
E nunca mais estar com os dias frios.
Eu prefiro calcular os meus dias ao seu lado.
Eu não quero mais viver essa tarde impaciente.

O meu amor é tudo que me acorda,
Pois paguei sentenças de ódios e fúrias,
Vivendo num mar de lágrimas,
Sempre chovendo... Sempre caindo do olhar sofrido.