quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013



LIBÉLULA E A FLOR
Jonas Caeiro





Á flor, lamúrias do tempo perdido
Voa sempre do coração quebrado e maltratado
De asas de espinhos e ouro, á flor presente,
Que, quanto, sobrevivo, queima e marca;

Unicamente a libélula... Que vive reluzente,
Ao ritmo teimoso lhe brilha no céu,
Fina atira, ou chama? Para implorar,
Foge dolorido, toda vez me ama

Á flor... Que nega minha frase levada até ela
Fugiu: agitas e branca névoa
Da cor desigual de já conheci um dia,
Refletindo na rua do desespero em mim.

Como percebe, á flor e a libélula voam ali
Que profundo sentimento encontrado, com a beleza,
É atacada pelo o sensível escrito com brilho,
Na linha do meu sentimento que me alimenta.

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