Não precisa mais
limpar os olhos
Jonas Caeiro
Você não entende o compreender do
meu querer por você
Que me faz um assassino de corações
vagantes pelas noites sombrias,
E mesmo assim não fortalece meu
coração doente
Que bate pela flor amarela em distante
olhar.
Eu sei que não valia muito no
passado, amor.
Mas hoje são eternos desafios em
frente de concretos
Porque são duros demais pra se
quebrarem fáceis,
Embora tenha o único segredo nas
mãos desenhado.
A destruição de um mundo você não
conheceu,
O seu nome um dia saberá e depois
vai chorar,
Pois esse pequeno mundo se chama
amor,
Ou a dor que persegue por causa do
amor!
É estranho o surgimento do bater do
coração por você,
É uma linguagem que bate na
realidade, na cara da verdade,
Na varanda de minha casa, meu amor.
Mas não tenho inteligência de
entender
Que na cara da verdade haja o amor
vivo em mim.
Embora tenha dito fortes mentiras
pra você, amor;
Mesmo me matando cada segundo de
frases doentias.
A perda de uma linguagem através de
mentiras
Eu recitei inúmeros para você meu
amor, sem fim.
Porque sou um criminoso do nosso
amor sincero
Que recusa as mesmas palavras de
cadáveres.
Agora longe do doce sorriso teu, meu
amor.
Nós caímos num abismo do crime que
me fez ser ladrão,
Pois eu roubei a verdade dentro
desse pobre pensamento
Porque sentir medo do infeliz tempo.
Hoje estou preso em seu corpo rico e
amarelo, meu amor.
Eu assumo toda a culpa de um passado
doentio
Que hoje está sendo perseguido pelo erro
fatal,
Mas tenho algo que você não reconhece,
amor:
“Pensamento novo de um coração
modificado.”
Saiba, amor, que não precisa mais
limpar os olhos.
Porque tenho todo o raciocínio em te
pegar nos braços
Como se fosse a primeira vez, no
ponto daquele ônibus demorado,
E naquele lugar onde estudávamos
lábios de novidades.
Quero que acorde e me olhe nos olhos
cansados, amor.
Porque a minha voz só existe
palavras recuperadas
Que farão o nosso novo presente em
um futuro real,
Eu terei cuidado de não errar mais,
meu amor!
Eu prometo, amor, levar o meu estado
de ignorância pra lixo
E de lá nunca mais sair o
desconforto bruto de palavras.
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