quarta-feira, 13 de março de 2013



A flor dança na maré da incerteza
Jonas Caeiro






Não me chame de raios incertos
Nem de cego da cegueira improvisada que sinto,
Pois todo o meu lembrar a uma só flor,
E de uma visão eu prometo criar.

É hoje é pra sempre o meu sensível febril,
Inigualável, em grande riqueza da paixão;
Por isso, minha linha é tão bela
O algum desamparado de tal diferença.

“Bondade, veracidade”, eis o ensino no apelo;
“Encanto, real”, tudo que conheço;
E em tal lembrança está um e explosivo,
Em duas horas nascida em dores.

“bela flor, em bela pisada”, sós, antigamente;
Num ainda ser vivente no coração aleijado,
Em uma dança na maré da incerteza,
Encarando toda tempestade com a bravura.


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