quinta-feira, 14 de março de 2013


O cântico da flor
Jonas Caeiro





Não choras mais a falha sem gosto;
Na maravilha exagerada, há tempo; a flor em espinhos;
O cântico da flor é sol invisível;
Na flor ainda o mistério faz teu segredo;

Era a busca pela arte, eu mesmo falhei tanto,
Que te sonhei em razões adormecidos
Com asas quebradas pelo o vento furioso
Não terás tu apenas a beleza visível;

As verdes estrofes em segundos e sentidos
De lados iguais e mais agradáveis de defender,
E encontrar em mim sem medo, e me ofereço,
Pra você amar a arte vivida em cada letra;

No duelo do belo holocausto artístico:
Vitima e sensual criminoso,
Dou-te esse cantar em primavera da dama,
A inspiração deste sonho que desaba em exaltação.

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