terça-feira, 5 de março de 2013


O CORPO DA FLOR
Jonas Caeiro





O corpo que neste rio bate no dia
Seguindo, para a nova rua a espera,
Oito horas nascido. E não bem querido! 
Quem maltrata foi apenas desafrontas.

Em companhia do desprezo pincelado,
Arrancada pela sede do único deserto!
Só olhando a leitura do escuro confortará,
Ela a singular flor em tua defesa em calma.

O corpo da flor em pranto! Desprende, por fim!
Agora que a fina fala canta em nós,
Saindo do coração contente na maré,
Do desencontro trincado desta jura,

E lembra o profundo oceano faminto
Dizendo: O fim, sozinho! Após de vê-la comigo
Errando na caminhada do novo lugar achado,
Lamentando uma confusão em nossa estrela!

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