quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


 A FLOR DO POETA

Jonas Caeiro






Ganhe deste poeta, minha pobreza
Que, padeceu intimamente, é persistente
Das pétalas fantasiadas que sonho contigo,
Ardendo na falha dos lábios, sabidamente...

Mais desço a irá, esperando a ilha,
Aquela surpresa que, então, alegre
Todo espinho, quando solta na febre,
Na abrasadora flor no amor, um beijo de sabor...

Mas, a espera paixão, não deixa nascer,
Nem bater a saudade ou pesar em ambição;
Queira flor, os apelos, os atropelos,
Que vão além do teu distraído...

E acolha igualmente, sem desculpas, deste amor
Que somente jura, intensamente que escreve,
Enquanto voa, a flor do poeta,
Caindo no colo a toda verdade abonada.




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